Adoração Teocêntrica – Parte 1
A Música Salvou o Culto? Uma Pergunta Incômoda para os Adoradores Modernos
Quando você pensa em adoração, o que vem à mente? Para muitos, a resposta é imediata: música. Mas essa associação é uma conquista da teologia bíblica ou um fruto da cultura contemporânea? Seria exagero afirmar que a adoração foi sequestrada pelo sentimentalismo pós-moderno?
No primeiro episódio da série Teologia Teocêntrica, o Rev. Matheus Inácio propõe uma análise séria e pastoral sobre o fenômeno da música evangélica e sua ascensão como centro do culto cristão nas últimas décadas. Ele levanta uma questão desconfortável: será que a adoração, conforme entendida pelas Escrituras e pelos reformadores, foi trocada por um espetáculo?
Observamos o esvaziamento das igrejas históricas e o crescimento vertiginoso das comunidades que adotam uma liturgia fluida, musical e afetiva. Isso, por si só, seria um problema? Ou o problema maior está na superficialidade teológica que acompanha essa transição?
Em tempos em que se canta mais sobre como “eu me sinto” do que sobre quem Deus é, surgem perguntas sérias: qual o papel da doutrina na música? Podemos continuar chamando de culto algo que tem mais de performance do que de Palavra? Se a música serve mais para expressar a experiência individual do adorador do que para exaltar a majestade do Deus triuno, ainda podemos chamá-la de adoração cristã?
Ao examinar a história da música nas igrejas — de hinos robustos aos coros emocionais, do saltério aos refrões antropocêntricos — o Rev. Matheus lança luz sobre um terreno nebuloso. A música deixou de ser meio e tornou-se fim. A estética sobrepujou a verdade. O adorador moderno canta muito, mas compreende pouco.
Por que será que a adoração passou a girar em torno do homem e não mais de Deus? Será que estamos rendendo louvores ao Criador ou nos rendendo à cultura que valoriza a performance acima da verdade?
Essas perguntas não têm resposta simples. Mas elas têm resposta bíblica. E é isso que você começa a descobrir neste primeiro episódio da série.